terça-feira, 28 de junho de 2011

Artigo: Morre o Homem, ficam as obras

Com um misto de perplexidade e tristeza recebi a notícia da morte do Mestre Paulo Renato. Homem de muitos talentos que ficou conhecido em todo Brasil como o melhor Ministro da Educação, que este país já teve.

Defendendo o posicionamento de que o Brasil só seria forte com uma boa base educacional, que ele promoveu na implantação do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, que revolucionou o ensino no país. Auxiliou, de maneira importante, a implantação da Bolsa-Escola, de iniciativa da inesquecível Ruth Cardoso. Além disso, criou o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional de Cursos, apelidado de “provão”, que auxiliou na qualificação das universidades públicas e privadas, do Brasil.

Foi dele a concepção do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). Para implantá-lo enfrentou e venceu a fúria petista, sempre disposta a esmagar reputações.

Era pessoa afável no trato, elegante no convívio e, principalmente, um formulador de ideias para o Brasil. Esse era seu diferencial, ele estava além de um homem de partido, ele era um homem que pensava o país, elaborava teses e, principalmente, sempre estava pronto para o trabalho.

Viveu de forma admirável e morreu de forma poética, enquanto dançava com uma amiga, no interior de São Paulo.

O Brasil perde um grande idealista, um admirável homem público, mas ficamos com suas obras, que são muitas e extremamente valiosas para nosso desenvolvimento e delas cuidaremos, como um legado para que as gerações futuras encontrem um Brasil forte, independente e socialmente justo.


Márcio Bittar

Deputado Federal pelo PSDB do Acre